domingo, 19 de agosto de 2012

Engenharia de Software: Os desafios de uma profissão que promete.




Engenharia de Software: Os desafios de uma profissão que promete.
 
 







 


Resumo

Este artigo é baseado na leitura do capitulo 24 do livro Engenharia de Software de Wilson de Pádua Paula Filho, além de incluir alguns tópicos sobre a carreira de um engenheiro de software e suas responsabilidades..

Introdução

Sabemos que qualquer criação não é iniciada por nenhuma outra área que não seja o projeto da mesma. Seja um simples objeto ou uma rede de prédios ou até mesmo criações mais complexas como um porta-aviões por exemplo necessita-se de uma elaboração prévia organizada de tal maneira que elimine ou minimize ao máximo qualquer erro que possa colocar em risco a qualidade do produto final. Na construção de um software, nada é diferente, ao contrário disso, essa atividade requer os mesmos cuidados, afim de garantir um produto que satisfaça os usuários tanto no seu objetivo geral como em funções que facilitem o seu uso.
Imaginem a elaboração de um projeto das ruas de um bairro inteiro. A sinalização, a acessibilidade garantem maior clareza e maior facilidade aos indivíduos que farão uso dessas ruas. Em um software, isso pode ser observado em orientações passadas aos usuários sobre as ações que o mesmo deseja efetuar, além disso a facilidade com que os usuários acessam as principais funções do software.
Dessa maneira, observa-se o quão importante é a função de um engenheiro de software, isso faz com que esta profissão seja bastante promissora e uma das maiores demandas na industria de software que representa uma grande potência no mercado global. Dois grandes exemplos disso são a Índia e a irlanda, ambos citados por Pádua como dois países que apesar de enfrentarem sérios problemas como super-população e diferenças sociais, mantêm o mercado de softwares como um dos principais produtos de exportação.

Formação e Certificação

Nesse contexto, a profissão de Engenheiro de Software torna-se ,além da maior oferta nas áreas da alta tecnologia, um grande desafio já que se diferencia, em muitos aspectos, de outras profissões já estabelecidas e regulamentadas. Poucos são os lugares no mundo onde esta profissão é regulamentada. Além disso, a falta de certificação que “intitula” o profissional como engenheiro de software torna-se o principal obstáculo para a superação desse desafio, pois são poucos os cursos de graduação em Engenharia de Software sendo a maioria desses profissionais graduados em cursos nomeados como: Ciência da Computação; Sistemas de Informação; ou Tecnólogo.


A carreira do Engenheiro de Software

Como agravante da situação acima, no Brasil, os profissionais engenheiros de software carregam até hoje uma denominação herdada das praticas desenvolvidas nos anos 70, chamados por muitos de Analistas de Sistemas, acabam por desvalorizados até mesmo em grandes organizações, já que a disciplina de análise de sistemas representa apenas uma fração do esforço realizado em um projeto de software.
Com tantas denominações divergentes, a regulamentação da profissão tem gerado grandes discussões polêmicas pois algumas dessas tentativas a regulamentação objetiva principalmente restringir o mercado de trabalho àqueles que possuem diplomas formalizados na área, contradizendo o padrão estabelecido em alguns países como no Brasil onde a SBC (Sociedade Brasileira de Computação) apresenta o projeto de lei Nº 1561 de regulamentação da profissão de informática apresentado no plenário da câmara dos deputados em 27 de Julho de 2003 defendendo em seu artigo primeiro: Art. 1º - É livre em todo o território nacional o exercício de qualquer atividade econômica, ofício ou profissão relacionada com a Informática, independentemente de diploma de curso superior, comprovação de educação formal ou registro em conselhos de profissão.
Os demais artigos bem como a justificativa para este projeto de lei pode ser analisado no sitio da SBC1
Na carreira do Engenheiro de Software, assim como na maioria das profissões da área de informática, só é possível crescer quando se atinge um certo grau de conhecimento da área. Dessa maneira, o engenheiro de software passa a exercer funções de gerência, fazendo com que muitos profissionais de amplo conhecimento técnico se tornem simplesmente gestores de projetos afastando-os do desenvolvimento dos projetos.

Código de ética do Engenheiro de Software

O Código de ética tem por objetivos a valorização da profissão e a defesa dos interesses do publico diante das ações dos profissionais. Para as profissões regulamentadas o cumprimento deste código é obrigatório sujeito a penalidades cabíveis tomadas por um conselho, sindicato ou até mesmo pela própria organização.
Como a IEEE Computer Society oferece o único programa de certificação em Engenharia de Software com difusão internacional, o código de ética, por esta entidade elaborado serve de modelo para os códigos elaborados pelas maiorias das organizações, sendo adaptados os termos de acordo com a regulamentação da profissão em seu país de origem. Um bom exemplo disso pode ser observado no código de ética elaborado pela Associação das Empresas de Tecnologia da Informação – ASSESPRO2 fundada em 1977 com o objetivo de representar os interesses das empresas de tecnologia da informação e promover o fortalecimento do setor.

Conclusão

Trata-se Engenharia de Software como uma profissão de extrema importância nas mais divergentes finalidade como intelectual, científico, econômico e social de um país. Entretanto percebe-se uma necessidade em se regulamentar tal profissão afim de que seus princípios éticos sejam cumpridos resultando em um melhoramento de todos os aspectos aos quais essa promissora atividade está relacionada.



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